sábado, 1 de setembro de 2012

Amor maior.


Ontem estávamos no show do Jota Quest, um ótimo show e que não foi melancólico como alguns previram que seria. O ponto alto foi sem a menor dúvida ou engano Quero um amor maior, Amor maior que eu, todos levantaram as mãos como que em oração pedindo a deus que essa canção, a menos um dia, fosse uma verdade absoluta. Um silogismo puro sem qualquer possibilidade de engano ou erro.

Essa busca pelo amor maior me inquietou. Alguns podem dizer que foram as doses de vodka, juro que as duas coisas me deixaram inquietos. Como medir qual amor é maior ou menor? Como vasculhar dentro de sentimentos tão subjetivos uma verdade material tão assertiva. Por mais estranho que pareça tenho a impressão que o amor é material. Sempre há doação, obstáculos, percas e ganhos.

Porém a inquietação não veio do amor maior é justo e muito digno que todos queiram o amor. Um enorme, como todo amor precisa e merecer ser. O motivo da inquietação foi essa busca desenfreada pelo Eldorado da vida o nosso ouro de tolo de cada dia. O que me gerou a estranheza foram tantas pessoas querendo um amor maior que seu próprio ser.

Quero um amor que me ame como eu me amo. Um amor que liberte e não acorrente. Um amor que possa ser simples ou que simplesmente me complete ou me preencha do vazio desse tempo liquido em que fluidos são encarados como jazidas de encantamento.

Quero malhar por mim, viver, sonhar, esperar, lutar e sofrer se necessário, mas sempre por mim. Quantos amores parecem ser tão grandes que esquecemos que somos apenas parte da equação. Não adianta entronizar o outro se a coroa não é tão bela. De que adianta ser o menor no cálculo da paixão. O amor é sempre feito de dois. Assim, quero um amor que não seja maior que nada. Que seja do exato tamanho que todo amor deve ser. O tamanho do instante.   

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