quinta-feira, 16 de abril de 2015

Galeanos

Por que eu deixei de escrever?
Sentia-me vazio!
                Incompleto!
    Insatisfeito!
Como escrever nesse estado?
Faltavam-me assuntos novos
E o particular me valia,
Mas valia pouco ao papel.
Assim, como achar ânimo?
Se o tempo vai passando e o inexplicável configura-se tão singular?
Vivemos dias de uma pluralidade insana e a vida foge ao lápis.
Mesmo que o papel eternize quase tudo,
Pois,
Mesmo o eterno,
No papel,
Passa.
Como passam as angústias e sufocam os amores, já que, o perdido some e o perto se perde.
Até que alguém lê.
E a leitura muda tudo.
Com ela achamos nossa razão, humanidade e perdão.
E por mais que o tempo passe,
Nesse instante, 
Somos eternos.