domingo, 29 de abril de 2012

Quem disse que sou forte?


Eu tenho medo
Que tudo se perca, caía no esquecimento.
Pereça, mofe, embolore.
Que não haja caminhos para seguir.
E o tempo não passe.
Mesmo com necessidade de fugir.
Sem receitas, direção, destino.
Por lugares nunca pisados nos ladrilhos no meu ser.
Ora criança lúdica em crer.
Ora homem feito,
Sem sabe o que fazer.
Tudo muda, todos mudos.
Vivendo por miúdos, trocados por suor.
Na barganha da juventude.
Tendo que escolher, sem opções.
Talvez considerações, quem ser.
Esperando respostas, que não vêem prontas.
Como café.
Torrado, moído, suado, plantado.
Sofrido Café.
Quem sabe pedirei um para nós.
Ou serei melhor que nossos pais.     
Ou ainda subirei mais alto que todos, e, gritarei.
Estou aqui.
São tantas possibilidades.
Sem pódios, troféus.
Que tenho medo.
De chegar, sem ao menos sair.
Debilitado por utopias.
Vendo sonhos serem engolidos.
Pelo monstro da vida.
Indolente, salobra.
Rasgando gargantas.
Só pode mesmo ser a vida.
É a vida.
Quem sabe?
Deixe secar as feridas.
Não tire as cascas ainda.
Pois, não sabemos quem somos.
Quem somos?
Quem?
Quem?
Não sei.
Não existem fortes por aqui.     

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